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Dia Mundial do Café: um guia para aprimorar o seu cafézinho

Detalhes que tornam o seu café ainda mais apetitoso, segundo especialistas

Por Maria Fernanda Barros
Atualizado em 14 abr 2024, 14h38 - Publicado em 14 abr 2024, 10h00

Perdendo apenas para a água no ranking das bebidas mais consumidas no país, o café se consagrou como o drink queridinho dos brasileiros. No dia de hoje, as atenções estão ainda mais voltadas para essa bebida, porque 14 de abril é o Dia Mundial do Café

Pensando nessa data, preparamos um guia baseado na opinião de especialistas capaz de elevar a qualidade do seu café e te proporcionar uma melhor experiência na hora de tomar a bebida. Vamos lá?

Primeiramente, escolha bem qual café usar

Os grãos de café são divididos entre tradicionais, superiores, gourmets e especiais. Segundo Caio Tucunduva, especialista em torra e proprietário da No More Bad Coffee, os melhores sabores estão presentes na categoria dos cafés especiais. Para ele, trocar o cafezinho tradicional do dia-a-dia por um de melhor qualidade é um caminho sem volta.

O especialista explica que esses cafés têm uma torra mais clara, o que significa que o amargor da bebida é amenizado e a sua acidez é acentuada de modo mais suave.

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Um equívoco comum é associarem a torra clara com um “café fraco”. Na verdade, a torra clara é aquela que vai encorpar a sua bebida, enquanto as torras escuras podem “queimar” o café e eliminar quase totalmente o corpo.

Dessa forma, os cafés especiais são aqueles que mais aguçam o paladar, podendo apresentar diferentes sabores como frutado, cítrico e amendoado!

Dia Mundial do Café: um guia para aprimorar o seu cafézinho
Cafés especiais com 3 blends: frutado e ácido; doce e encorpado; intenso e achocolatado. (@nomorebadcoffee/CASACOR)

O modo de coar faz toda a diferença

Como você prepara o seu café? Alessandro Miquelini, proprietário da Terra Cruz Cafés Especiais e criador de conteúdo digital, mostra em suas redes sociais que fazer um café de qualidade exige mais do que apenas despejar água quente sob o pó no filtro. 

Ele ensina algumas técnicas que fazem toda a diferença no paladar. A primeira delas é escaldar o filtro: o especialista recomenda molhar com água quente o filtro de papel para evitar que o gosto do material penetre na bebida. A outra técnica diz respeito ao cuidado na hora de molhar o pó: ao invés de despejar a água toda de uma vez, Miquelini aconselha realizar uma pré-infusão. Confira o passo a passo: 

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Alguns sinais que você não passou o café da melhor forma 

Para ter a certeza que você extraiu o melhor sabor possível do café, o melhor a se fazer é observar como ficou o filtro após a infusão do café: “Se o pó de café ficou grudado na lateral do filtro, isso significa que a água não conseguiu extrair do café todos os componentes que vão dar sabor à bebida”, explica Alessandro. Quando o filtro fica nesse aspecto, o café provavelmente está com pouco sabor e muito ácido

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A solução que o especialista sugere para esse problema é promover uma leve agitação no filtro durante a infusão, balançando o seu porta filtro. Se no final do processo, o pó de café ficou plano, é um sinal que deu certo!

Considere investir em um moedor de grãos 

A chef Helena Mil-Homens, da padaria St. Chico, afirma que fazer a bebida com bons grãos moídos é um detalhe que faz a diferença na experiência: “Hoje existem moedores elétricos a preços acessíveis que são um belo investimento para inciantes”. 

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Outra vantagem do moedor de grãos é a possibilidade de se obter a moagem mais apropriada para cada um dos diferentes métodos de preparo. Por exemplo, após a infusão, o pó dentro do filtro pode ficar com um aspecto lamacento, o que significa que os grãos moídos estavam muito finos e isso trouxe um amargor desnecessário para a bebida. O correto, nesse caso, seria engrossar a moagem com um moedor de grãos, para que o pó no filtro fique com um aspecto mais granulado. 

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Filtro de papel, prensa francesa, cafeteira italiana… Qual o melhor?

Podemos preparar o nosso cafézinho de diversos modos. Segundo a chef Helena, não existe um jeito melhor ou pior que outro, mas cada método traz um resultado diferente. A prensa francesa, por exemplo, oferece uma bebida mais intensa, o que requer uma moagem média ou grossa. Já na cafeteira italiana, é importante prestar mais atenção nas medidas e temperaturas utilizadas. 

 

Helena dá alguns alertas para tudo dar certo: “Muita gente aperta o pó no recipiente, e isso pode amargar o café. Na cafeteira italiana, o melhor é que o café seja soltinho e um pouquinho abaixo do limite. Enquanto ferve, é bom deixar a tampinha um pouquinho levantada para ver como as coisas estão indo. Ele só respinga para fora se estiver aquecido demais”.

E aí, vai um cafézinho?

Dia Mundial do Café: um guia para aprimorar o seu cafézinho
(St. Chico/CASACOR)
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